20 de abr. de 2011

DL2011 - A Torre Negra - Stephen King

Para o mês de abril, resolvi iniciar a leitura de uma saga científica que há muito tinha vontade de ler e que nunca tinha tido oportunidade: A Torre Negra de Stephen King.
A Saga em si é composta de 7 volumes que tem como base o mundo imaginário de Tolkien, um poema épico de Robert Browning e que possue referências as lendas arturianas, à cultura pop e até mesmo ao faroeste americano.
Stephen King tinha apenas 19 anos quando iniciou a saga e levou mais de 25 anos para escrever os 7 volumes.
O primeiro livro “O Pistoleiro” inicia com uma perseguição a um Homem de Preto (um fugitivo) por um pistoleiro, Roland Deschain. Este pistoleiro é um dos últimos do seu mundo. Um mundo com costumes e métodos medievais em sua conduta.
O objetivo de Roland é buscar a Torre Negra, o eixo de todo o tempo e espaço. Para isto ele acredita que deve perseguir o Homem de Preto, um mago que está fugindo de Roland atravessando um deserto.
O caminho de Roland é duro e cheio de armadilhas deixadas pelo Homem de Preto. Em suas andanças ele conhece Jake, um garoto que morreu na Nova Iorque de 1977 em circunstâncias trágicas e veio parar no mundo de Roland.
O garoto torna-se um filho para Roland mas em um determinado momento ele terá que escolher entre Jake e sua perseguição ao Homem de Preto. Mas nesta escolha podemos perceber o que nós aguarda nos próximos livros, já que há uma citação de que “há outros mundos além deste”.
O final da história é uma viagem esotérica ao mundo do tarô que será revelado a Roland em forma de profecia através de um jogo de tarô que envolve cartas e personagens da história e que direciona o que virá no próximo livro.

No segundo livro “A Escolha dos Três”, a história inicia com Roland em busca da Torre Negra, depois das revelações que o Homem de Preto lhe fez através do Tarô.
Roland agora sabe que deverá escolher entre “O Prisioneiro”, “A Dama das Sombras” ou “A Morte” (das cartas de tarô que lhe foram reveladas) na sua busca pela Torre Negra.
E é nesta busca que ele sofre ferimentos graves enquanto é atacado por seres que lembram lagostas e encontra 3 portas que levam ele a diferentes épocas da Nova Iorque do nosso mundo.
A primeira porta leva ele a 1987, onde ele conhece Eddie, um viciado em heroína que está tentando contrabandear um quilo de heroína para um chefão local. Ao passar a porta, Roland na verdade se vê no controle de Eddie. Ele descobrirá então que Eddie é “O Prisioneiro” das cartas e depois de uma guerra com o traficante local, Roland convence Eddie a vir para o seu mundo.
A segunda porta leva Roland à década de 60, onde ele encontra “A Dama das Sombras”, uma negra (na Nova Iorque de 1960), deficiente física e ativista dos direitos dos negros. Ela é filha de um rico dentista e teve educação requintada, mas sua dupla personalidade (ela tem uma) é rebelde, cleptomaníaca e extremamente desconfiada de todos em relação a sua cor e a julgamentos racistas. Roland consegue trazê-la também a seu mundo mas tem que lidar com as constantes brigas com a personalidade rebelde dela.
A terceira porta leva Roland a 1977, onde ele encontra “A Morte”, um assassino que matou Jake (do primeiro livro) na morte trágica dele em nosso mundo. O nome dele é Jack e com o passar da história descobrimos que ele é o culpado de quase tudo... eh eh eh. Ele que é responsável pela dupla personalidade da Dama das Sombras e por sua deficiência física.
E é aí que a história fica ainda mais intrincada. A Dama das Sombras em uma passagem de Roland entre este e o outro mundo, volta a ter uma única personalidade e passa a chamar-se Susanah e descobre-se apaixonada por Eddie (O Prisioneiro). E nesta confusão de tempo e espaço, Roland acaba afetando o futuro de Jake e cria duas linhas do tempo em sua cabeça e na cabeça de Jake. E este é o link para a terceira história.
O terceiro livro, As Terras Devastadas começa algum tempo depois da escolha dos três, onde Roland, Eddie e Susanah, deparam-se e lutam com um ciborgue gigante em forma de urso. Este ciborgue que chama Shardik é um guardião de um dos 12 portais que ligam o mundo de dentro e de fora, e que são unidos por 6 feixes de luz, onde Roland acredita que está a Torre Negra. Na luta com Shardik, eles resgatam Jake (que não morreu mais na Nova Iorque de 1977) e Roland e o garoto estão em um paradoxo temporal (Jake morreu e não morreu) que pode destruir os dois.
Mas o caminho continua (a busca pela Torre Negra) e o grupo ganha mais um membro, o Zé-trapalhão Oi e chegam a uma cidade degenerada onde lutam com gangues, onde Jake será aprisionado, e onde o grupo deverá usar a inteligência e suas habilidades para conseguirem escapar dos perigos.

Eu gostei da saga até aqui, mas acredito que assim como outras histórias que levaram muito tempo para serem escritas, há uma desconexão sutil entre um livro e outro que prejudica um pouco o entendimento. Porém, Stephen King é Stephen King e o cenário descrito, a saga e os personagens fazem jus ao nome do mestre do terror (mesmo sendo uma ficção científica).

Demorei um bocado para ler, assim como aconteceu com o Senhor dos Anéis, porque me atrapalhei um pouco com as raças criadas, os locais e seres com nomes estranhos e até acostumar-me com o ambiente criado por King, mas depois de acostumar, difícil foi parar de ler.

Se não tivesse outros livros na minha lista de leitura que PRECISAM ser lidos, eu com certeza leria agora os 4 livros restantes para saber como este épico termina.
A fama não é a toa, e para quem gosta do gênero é um prato cheio. Não sei como ainda não virou um filme... eh eh eh

Parece que haverá um oitavo livro a ser lançado em 2012.

5 comentários:

Anônimo disse...

Medéia!
Eu gosto bastante de Stephen King e fiquei com vontade de ler essa saga agora depois de ler sua resenha!
Bjãooo
Ly

amgmontavon disse...

Sua resenha tá ótima e direta ao ponto!

Mas apesar de ser super fã de Stephen King, essa saga ainda não me cativou.


Abraço

Kézia Lôbo disse...

Medéia... euquero muitoooooooooooo ler essa serie.. todo mundo ama.. preciso comprar...
Adorei a resenha!

Unknown disse...

Eu estou na mesma posição que você: li os primeiros três também. E concordo com a questão da "desconexão" entre um livro e outro. Achei o primeiro livro extremamente entediante e, apenas na metade do segundo a história me convenceu. Mas o que importa é que convenceu, né?

Gostei da resenha conjunta. Sério: poupa muito tempo.. rs

Até!

Vivi disse...

Oi, Medeia, esse lance seriado me desanima mesmo. Não vou nem aventurar...me contento com as suas ótimas resenhas. Parabéns pelas resenhas!

Beijocas